Cisma de tropeiro
Fogo de chão... brasa
acesa,
um tropeiro a cismar.
Aqui tão longe dos
pampas,
tem horas que a
saudade é tanta
e a vontade de voltar.
Madrugada, campereava
no lombo do seu
matungo,
na chuva ou na geada,
não era dono de nada,
mas tinha um pedaço de
chão.
Era uma vida bem
simples
peleando de sol a sol.
Não tinha luxo nem
renda,
nasceu naquela
fazenda,
seu pai era o peão.
Cresceu, aprendeu a
lida,
seguiu os passos do
pai.
Mas o cheiro do
progresso
seduzindo aquele moço
traçou rumos
desiguais.
Na cidade o passo é
outro,
desacorçoado então
vê sua vida se findar.
É só um tropeiro a
cismar...
- Por que deixei meu
rincão?
Bel
Plá
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