terça-feira, 29 de março de 2011

Comentários Literários - clipeana Lia Bachettini

Comentário Literário I
Título da obra: A LÂMPADA COR-DE-ROSA
Autora: Lígia Antunes Leivas
Editora: UFPEL
       Fruto da sensibilidade e da inteligência da autora, este pequeno livro (já esgotado) nos revela, em textos inspirados, o talento e a intimidade com a palavra já demonstrados em trabalhos anteriores. O tema é o Amor; amor ao outro, amor à vida, aos animais... Este último sentido no conto "Einstein" ao narrar o desaparecimento do cachorro de estimação. O amor homem-mulher, o desejo, a traição, o abandono, a morte, desfilam em histórias rápidas, às vezes líricas, muitas vezes cortantes. Temas universais nos tocam, é um prazer lê-los. Parabéns, Lígia, esperamos novos frutos saborosos como este; ficou um "gostinho de quero mais".

Comentário Literário II
Título da obra: No fundo dos teus olhos
Autora: Bel Plá
      Livro de estréia de Isabel Plá da Silva (clipeana), nos traz uma iniciante corajosa. Usa técnica em terceira pessoa, para nos apresentar a personagem Ivy que conta sua trajetória desde a infância até o encontro consigo mesma, adulta e dona de seu destino. Livro de ficção, não esconde traços auto-biográficos que valorizam o gênero feminino, dividido entre a maternidade, papéis sociais pré-estabelecidos e a realização pessoal. Cheia de incertezas, medos e perguntas sem respostas, Ivy representa todas as mulheres. Com sua linguagem simples e direta, a coragem de se expor, de procurar caminhos, a autora conseguiu o mais difícil: capturar a palavra certa, que é sempre fugidia quando dela precisamos. Continua, Isabel. Parabéns!

Lia Bachettini

domingo, 27 de março de 2011

 
Aniversariantes do mês de março:
Dia 13: Waldemar Pereira de Souza
Dia 24: Jacyra Félix de Souza
Dia 25: Eduardo de Almeida Farias

Aos aniversariantes, nossos abraços e votos de muita felicidade junto aos familiares.
O CLIPE sente-se orgulhoso em tê-los em seu quadro de associados.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Dia 21/3- Dia Internacional do portador de Síndrome de Down

 ILUSÕES DO AMANHÃ

Por que eu vivo procurando
Um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer.
Procuro em todas, mas todas não são você
Eu quero apenas viver
Se não for para mim que seja pra você
Mas as vezes você parece me ignorar
Sem nem ao menos me olhar
Me machucando pra valer
Atrás dos meus sonhos eu vou correr
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um
O meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão
Juro que às vezes nem ao menos sei,quem sou
Talvez eu seja um tolo,
Que acredita num sonho
Na procura de te esquecer
Eu fiz brotar a flor
Para carregar junto ao peito
E crer que esse mundo ainda tem jeito
E como príncipe sonhador
Sou um tolo que acredita ainda no amor.
 PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - aluno da APAE, , da cidade de São Vicente, SP .)
(Alexandre Lemos, chamado pela sociedade de excepcional, tem um livro de poesias, que são mais de 300. Excepcional mesmo, é a sua sensibilidade!!!!)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sonho de Princesa

      Chamava atenção aquela fila de senhoras e senhores, elegantes e alegres, na calçada de uma das principais ruas da cidade, naquele horário de um verão tórrido, escaldante! O relógio indicava quinze horas e o sol, recém saindo da vertical, quase não marcava sombras. Esgueirando-se pelas paredes, procuravam em vão uma nesga de refrigério junto aos prédios, enquanto tagarelavam alegres num crescendo de vozes e risos. Bonito de ver! De ouvir! De sentir!
      Mas... o entusiasmo logo foi esmorecendo. Por que os encarregados não abriam a porta da Biblioteca Municipal de Educação, conforme o combinado? A chefe do grupo pediu paciência: houve algum imprevisto, vamos aguardar? Uma senhora do grupo, sorrateira, foi à procura de outro local para a realização do encontro, já que alguns colegas, delicadamente, foram se retirando. Voltou sorridente. O bar da esquina estava à disposição.
      Unidos se dirigem para o local onde são recebidos com gentileza pelo dono e funcionários que demonstram satisfação em acolher o pequeno grupo do Centro Literário de Pelotas. De imediato são encaminhados para uma peça  no interior, onde cadeiras e mesas empilhadas esperavam a freguesia. Uma escada unia o térreo ao andar superior, local da cozinha. Acomodam-se e dão início ao encontro.
      Súbito o aroma forte de fritura invade o ambiente. Estariam empanando guisado de letras para deliciosos petiscos? Um funcionário desce com uma grande bandeja de pastéis. Aguça o paladar.A mente, no entanto, mergulha nos problemas do CLIPE, referente ao espaço físico que o Centro Literário ainda não possui.
      Dentro em breve nossa Princesa estará completando radiosa primavera de 20 anos na potência máxima, ou seja 200 anos de vida. Seus filhos dela se orgulham e com razão, uma cidade que sempre foi próspera, valorosa, vaidosa, cheia de encantos mil! Seus primeiros filhos a enfeitaram de jóias raras e perenes como o Sete de Abril, Prefeitura, clubes Comerciais e Caixeiral, Santa Casa, Banco do Brasil, Escola de Agronomia e tantas outras jóias de uma Princesa refinada e culta que ao correr dos anos vem ampliando seus tesouros, enriquecendo seu patrimônio cultural.
      Pelotas, hoje como ontem, celeiro de intelectuais, artistas, operários, gente hospitaleira, está vivenciando fase desconfortável em relação a vários setores. Nossa cidade, dona da linda Praça Coronel Pedro Osório, onde anualmente acontece a Feira do Livro, pelotenses apresentam suas obras junto aos mais renomados e seletos escritores do mundo. Por isto, Pelotas necessita e merece lhe seja presenteada uma Casa de Cultura a exemplo de outras pequenas cidades do interior. Até "Ribeirão do Tempo", cidade fictícia que a novela da Rede Record apresenta às 22 horas, possui a sua.
      Para que os festejos da Cidade bi-centenária se realizem com Pompas e Circunstâncias, unamo-nos nesse ideal. Por mais difícil que seja uma situação temos que acreditar em nossos sonhos e não desistir nunca, lutando até o último momento! Nós clipeanos vamos completar 24 anos de intensa atividade, sempre com muito sucesso em apresentações literárias individuais ou coletivas. Anualmente lançamos uma nova Coletânea e participamos, também, de muitas outras em concursos realizados tanto no Brasil como além das fronteiras. No entanto estamos na rua, vagamos sem ninho, sem um local permanente onde possamos nos reunir, para estudo e discussões literárias e onde nossos livros estejam à mão. Atualmente nosso patrimônio encontra-se em depósito da Prefeitura.
      Pelotas, mereces ter uma Casa de Cultura, realizar o sonho acalentado e adiado há tanto tempo! Que a chispa da boa vontade de teus dirigentes, muitos dignos representantes do nosso povo, consiga concretizar este sonho e acender a vela do aniversário junto à luz de teu próprio brilho, Princesa do Sul, "Ex Capital da Cultura!"
Yara Bastos André Cava

sexta-feira, 18 de março de 2011

Oficina Literária



Agora temos uma página de Oficina Literária, com exercícios que despertam e incentivam à criação literária. Participe, desperte talentos adormecidos, mostre para nós suas criações através dos comentários.
A página se encontra na lista superior do blog.

segunda-feira, 14 de março de 2011

14 de março- Dia da Poesia- Dia de Castro Alves

      O Centro Literário Pelotense, fundado por um grupo de poetas, não poderia deixar de glorificar o grande poeta brasileiro Castro Alves.
     
      Parabéns, pois, a todos aqueles que, de alguma forma, leem, escrevem, admiram, cultuam a poesia.


                   A POESIA QUE FICOU
O ar ameno, suave, o céu coberto de anil.
Aqui há um canto de ave em tudo a beleza do abril.
As folhas amareladas, o arrulho da rolinha,
as paisagens encantadas que apreciamos à tardinha.
O sol se põe no poente engalanado de ouro,
voando em voo contente zunem abelha e besouro.
As asas ruflam ligeiras pusando de flor em flor,
beija a hortência e a roseira o colibri multicor.
O entardecer nos encanta com seus suaves perfumes.
A lua surge, levanta, as rãs soltam seus queixumes.
Tudo muda na paisagem, há sombra, é escuridão
na prateada folhagem que dourada era então.
A mata densa é negrume, a nuvem corre veloz,
faz-nos lembrar o queixume do negreiro "Albatroz".
A praia deserta e calma branqueia ao luar
Convida a nossa alma no silêncio a meditar.
A onda calma, tranquila vem na praia terminar.
Nossa grandeza aniquila, diminui diante do mar.
Tudo muda na paisagem, tudo muda nesta vida,
fica somente a imagem de nossa ilusão perdida.
De Varela as "Névoas" vejo, esvaindo qual neblina.
De Assis o belo arpejo à esposa Carolina.
Quanta beleza cantavam Castro Alves e Alencar.
Casemiro versejava com a alma a palpitar.
De todos ficou a poesia, de todos bela lembrança
conforto que acaricia, afaga nossa esperança.
Marísia Vieira

quinta-feira, 10 de março de 2011

8 de março- Dia Internacional da Mulher

O Centro Literário Pelotense saúda todas as mulheres pela data que lhes é dedicada, em especial, as clipeanas que se fazem representar através da escrita (prosa ou poesia)

"Si por ti fuera, mujer
Seguro no habria
en el mundo guerras..."
Antonino Campos