quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ciranda dos Pagos

Novo texto para a Ciranda dos Pagos:

RIO GRANDE DO SUL

Como potro não domado
Cavalguei coxilhas, teu pago;
Minuano por companheiro
Persegui sonhos...
E como o bom semeador
Lancei sementes com amor
Umas deram fruto,
Outras viraram flor.

Como o Jacu desconfiado
Na solidão da querência;
Ou libertário Quero-Quero
Na defesa de seu pago;
Mas potro já domado...
Ei-lo agora bonachão
A oferecer sorrisos e chimarrão:
-Velho amigo... Eu te quero!

E entre causos de galpão
Na rodada de chimarrão,
Lá vai abrindo o coração
Ao estranja recém-chegado;
Fala de seus amores
De chinocas, belezuras,
De emas e sacaracuras
Que habitam este pago.

Gosto de ti Rio Grande do Sul
De gordo gado e trigo loiro
Imenso celeiro,
Opíparo de fartura;
Da tua serra e planura
Do teu jeito sem frescura
De dizeres o que sentes
Na boca de tuas gentes.

Eduardo de Almeida Farias
         

Nenhum comentário:

Postar um comentário