quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ciranda dos Pagos

Novos textos para a Ciranda dos Pagos:

No fogo de chão ardente
O carvão agora em brasa
Assa a carne o peão
Em sua estância amada.

Bolo frito tradicional
Com açúcar e canela o enfeitando
É da culinária gaudéria
Típico prato campeano
          Raquel Monteiro



          Roda de chimarrão

Quando a tarde vai caindo,
E chega o fim do dia,
a passarada vem, em bandos,
para os galhos da grande árvore,
bem na hora da Ave-Maria,
a alma da gente vai se apequenando...

A barra do sol avermelha no horizonte,
e tudo em volta fica sossegado...
tento fugir, mas não tem jeito.
bate aquela saudade de casa,
saudade do meu pago amado,
que carrego dentro do peito.

Tão logo a noite pinta o céu
de lápis preto, e as estrelas, com seu lume
bordam poemas no infinito,
junto os gravetos, faço o fogo,
encho a cambona, meu costume,
e não me sinto mais solito.

Enquanto o fogo vai amornando,
dou um jeito no galpão,
sem muito aprofundamento.
Cevo o mate, incho a erva,
dedilho o violão,
e espero mais um momento.

Finalmente a turma chega,
das suas lides se esquece.
No galopar da cidade,
cada um tem seus tormentos.
O coração da gente se aquece
na grande roda da amizade.
      Bel Plá

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